Não sou adepto da motivação. Acho que está uma palavra banalizada, que serve para descrever um pseudo estado de excitamento que nos leva a fazer isto ou aquilo.
Tanto hipe mas, no entanto, as pessoas não se conseguem motivar a fazer uma dieta, a fazer exercício, a ler, a descansar ou a fazer o que quer que seja que precisa assim tanto de motivação para concretizar.
Isto acontece porque a motivação não é aquilo que nos move. O que nos move são os nossos valores.
Os nossos valores são as regras que nos ajudam a navegar o mundo e que nos orientam nas decisões que tomamos, das mais pequena à mais fundamentais.

Pensem nisso: alguém tem motivação para sair da cama quando um filho chora? Fico todo excitado e salta, toma um banho gelado, sobe o Everest, faz jejum intermitente e medita até chegar ao quarto dele e, com um sorriso na cara, abraça-o e atira-o para o ar! Não. Nada disto acontece. A pessoa roga pragas porque quer dormir mas levanta-se na mesma. Porque não tem a ver com motivação, tem a ver com algo muito mais profundo. Tem a ver com a importância que tem, para nós, levantarmo-nos e cuidarmos do nosso filho.
O que nos faz mexer são os nossos valores.
O importante é termos consciência de quais são e de sabermos se os valores que seguimos são, de facto, os nossos.
Esta é a viagem de autoconhecimento na qual todos deveríamos embarcar. A busca pelos nossos verdadeiros valores.
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