Todos queremos ter algum sucesso, seja em que área da vida for e seja em que moldes isso for.
O sucesso pode ser, para uns, uma carteira recheada, para outros, um trabalho reconhecidamente único e, ainda para outros, viver junto ao mar e poder surfar todos os dias.
A verdade é que queremos um tipo de resultados, queremos chegar a algum sítio mas não fazemos ideia como lá chegar.
Muitas vezes, nem sabemos o que nos motiva a procurar.
A questão é que sucesso é difícil de atingir.
E quando falo de sucesso, falo do sucesso mais normal, daquele que permite alguém fazer o que gosta, de ter uma vida que o orgulhe e de criar condições para uma autonomia pessoal, profissional e financeira.
Um sucesso real e prático.
Este tipo de sucesso parece simples e é atingível mas não deixa de ser difícil de lá chegar.
Então, por onde deve começar alguém que queira ter sucesso profissional, alguém que queira criar a sua própria marca ou alguém que queira ter uma identidade nas redes sociais?
Se começar a olhar para fora, vai tentar ser parecido com aqueles que já têm alguns indicadores de sucesso.
É um bom ponto de partida mas é preciso ter consciência de que se está, apenas a a ver a ponta do icebergue, não vê o que está por detrás do aparente sucesso, não vê o trabalho que deu, os processos que foram utilizados e as lições que foram sendo aprendidas.
Por isso, copiar ou imitar outros é bom e serve de inspiração. Contudo, não pode ser a fundação do nosso crescimento porque, por definição, não é nosso.
O primeiro grande passo é, simplesmente, assumir a responsabilidade das nossas ações.
Sim, parece evidente. E é.
Mas o segredo nunca está nas ideias, está na execução.
Então, o que é que isto significa?
Significa que devemos começar por olhar para a nossa vida e dizer "tudo o que eu vivo é, de alguma forma, fruto das minhas decisões. Sou responsável pela vida que levo".
Este é um pensamento radical que até pode levar ao exagero.
E há uma distinção muito clara a fazer: nós não somos responsáveis pelo que nos acontece. Existem tragédias, acidentes e acontecimentos avassaladores. Tal como existe a sorte. O que nos acontece, acontece.
Contudo, somos responsáveis pela forma como reagimos ao que nos acontece.
Somos totalmente responsáveis pelas nossas decisões.
Portanto, para bem e para mal, todas as decisões e todas as escolhas que tomamos são porque queremos. Todas.
- Ah mas eu não escolho ter de estar no trabalho às 8h30
- Claro que escolhes. Escolhes estar lá e escolhes o trabalho.
- Não tenho escolha, vou fazer o quê?
- Pensa lá bem...podes escolher não sair de casa, não podes?
- Posso, mas aí perdia o trabalho.
- Exato, está aí a tua decisão.
O que é que isto significa?
Significa que, em última análise, temos de olhar para a nossa vida com total responsabilidade e perceber que a nossa situação presente é resultado do somatório das decisões que tomámos e que continuamos a tomar.
As relações pessoais, o trabalho, as rotinas, o treino, as obrigações, etc.
Se tudo isto for visto como uma decisão pessoal, vemos que a nossa vida está nas nossas mãos e isto, por sua vez, leva a um misto de sensações que se situam entre estes dois pólos:
Ficamos frustrados porque realizamos que as decisões que tomámos nos puseram num sítio que não gostamos e não fazemos ideia em como sair de lá;
Sentimos um enorme poder pessoal e capacidade de tomar as rédeas da nossa vida.
Este momento em que assumimos total responsabilidade sobre as nossas decisões é o momento em que assumimos total responsabilidade sobre a vida que vivemos, sobre as condições em que estamos e, logicamente, sobre o estilo de vida que levamos.
A ponte entre a nossa responsabilidade e o sucesso torna-se, então evidente.
Porque, no momento em que assumimos responsabilidade sobre o que decidimos, começamos a confiar nas nossas próprias decisões. Isto é o mesmo que dizer que começamos a acreditar que as nossas decisões têm consequências e que vamos continuar a agir com elas em mente.
Também é o mesmo que dizer que vivemos o dia de hoje com base nas decisões que tomámos e que continuamos a tomar mas que só se irão manifestar num amanhã mais ou menos longínquo.
Ou seja, começamos a ser pessoas com futuro e fiáveis.
Essa fiabilidade, é a base da colaboração com outras pessoas. Colaboração essa que pode ser meramente pessoal ou pode, também, ser profissional.
Ora, o sucesso depende fortemente da nossa fiabilidade ao longo do tempo.
Exige competência e coerência. Exige, também, colaborações pessoais e profissionais prolongadas no tempo.
O que significa que o sucesso é a combinação entre a nossa capacidade de sermos responsáveis, a nossa fiabilidade e o número de colaborações que conseguimos estabelecer.
Isto é especialmente importante nos tempos das redes sociais, uma vez que as colaborações são virtuais e altamente exponenciais. Por outras palavras, conseguimos ter colaborações (seguidores) aos milhares ou, até, aos milhões, algo que era impensável há tão pouco tempo.
Em última análise, o sucesso baseia-se na minha capacidade em ser responsável pelas mais pequenos decisões da minha vida. Estas decisões, quando assumidas, vão tornar-se na base de outras decisões e, todas somadas, vão produzir resultados, seja em que área da vida for.
Numa frase: Queres sucesso? Toma decisões.
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