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Foto do escritorPedro Tânger

Procrastinação: do desespero à lição

Já todos demos por nós a adiar pendentes durante semanas e, quanto mais adiamos, mais pesados e complicados se tornam.


É a bola de neve que todos conhecemos.


E, de repente, num dia, despachamos a maioria deles como se fossem pequenos detalhes por resolver.


As artes marciais ensinaram-me que estes compassos de espera não são inocentes.


Aprendi que um pendente (seja um to-do, seja um pontapé por compreender) é como se fosse um quebra-cabeças que está a mexer com alguma coisa em mim e para o qual ainda não tenho solução.




No início, tentava descobrir a solução à pressão. Treinava mais, insistia e até me lesionava na busca.


E, depois, amadureci.


Hoje em dia, continuo a treinar mas deixo o meu sub-consciente resolver o quebra-cabeças e deixo que me apresente a solução no seu tempo. Nesse momento, o pontapé surge sem esforço.


Durante o processo, transformo o massacre em paciência e, em vez de ficar frustrado, fico atento.

Fico atento à lição que me faltava aprender para lidar com aquele quebra-cabeças.



Moral da história: Não abandonem os pendentes mas, também, não se frustrem com a procrastinação.


Estejam atentos à lição.


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